O bairro da Ilha do Leite é um dos principais pólos médicos de Pernambuco e um importante centro no Nordeste. As seis torres do Rio Ave Corporate Center concentram hoje 131 empresas voltadas para atividades médicas, entre consultórios, clínicas, ambulatórios e laboratórios.
O Corporate News aproveita o Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, para conhecer alguns desses profissionais, suas especialidades, formação e conselhos para quem quer seguir a profissão.
Rodrigo Guedes, cirurgião vascular
Torre Graham Bell, salas 201, 202, 211 e 212
“Escolhi a medicina pela vontade de ajudar as pessoas, pelo grande estímulo familiar e por gostar das matérias de vestibular mais ligadas à área de saúde”.
Cirurgia vascular
“É a especialidade responsável pela circulação sanguínea. É de extrema importância já que o sangue oxigenado, em última instância, é que mantém a vida. Ela se divide em patologias venosas (tromboses, varizes funcionais ou estéticas), arteriais (aneurismas, doenças arteriais periféricas - que afetam muito os diabéticos e tabagistas) e linfáticas (erisipelas). Em todas essas áreas há tratamentos modernos e minimamente invasivos”.
Momento marcante
“Após 26 anos de formado, sempre me marcam os resultados negativos. Lembro muito daqueles pacientes em que propus um objetivo no tratamento mas não consegui alcançar. Esses exemplos me estimulam a melhorar sempre, estudar e me aperfeiçoar como médico e pessoa”.
Gisely Saraiva, dermatologista
Torre Thomas Edison, salas 204 e 205
“Desde criança eu tinha uma vocação clara para cuidar das pessoas. Sempre me encantei pelo impacto que a medicina pode ter na vida de alguém, não apenas em termos de saúde física, mas também de autoestima, qualidade de vida e confiança. A escolha aconteceu ainda na adolescência, movida pelo desejo de unir ciência e cuidado humano em uma profissão que transforma vidas todos os dias”.
Dermatologia
“Está diretamente ligada à identidade e ao bem-estar do paciente. A pele é o maior órgão do corpo e reflete muito sobre nossa saúde física e emocional. Dentro da estética, o que mais me motiva é poder oferecer tratamentos que rejuvenescem, previnem e valorizam a beleza natural de cada pessoa, sempre com base em ciência, tecnologia e ética médica”.
Momento marcante
“Ao longo de 28 anos, foram muitos momentos especiais, mas o que mais me marca é ver pacientes recuperarem a autoestima. Já acompanhei pessoas que chegavam fragilizadas, com inseguranças profundas e, após o tratamento, voltaram a sorrir, a se olhar no espelho com orgulho. Essa transformação vai muito além da estética . É sobre resgatar confiança e qualidade de vida”.
Ernando Ferraz, cirurgião plástico
Torre Charles Darwin, salas 1601, 1603, 1605, 1607 e 1609
“Escolhi a Medicina desde a adolescência. Sempre a olhei como uma profissão que envolvia cuidado com o semelhante e isso me fascinava. Ao mesmo tempo, escutava dos meus pais que a minha família Ferraz, do interior de Pernambuco, tinha um passado de bons profissionais na área, e eu era fã de um tio médico. Só para constar, meus pais eram professores”.
Cirurgia Plástica
“Desde que tive o primeiro contato com essa especialidade, soube que era isso que eu queria fazer na vida. Sempre gostei de desenho, traços, de perspectiva… admirava proporções e era muito perfeccionista. E ver a arte médica andando junto com a arte estética e reparadora foi um momento marcante para mim durante a faculdade. A cirurgia plástica trabalha também com a saúde mental das pessoas e é de extrema importância social”.
Momento marcante
“Já são 21 anos dentro da cirurgia plástica e 31 anos na Medicina. Como médico e cirurgião geral, salvei vidas em urgências, fiz partos, participei de transplantes de fígado, trabalhei em UTIs e até em SAMU. Já como cirurgião plástico, tive a oportunidade de ser muito bem formado pela residência do IMIP e lá realizar ou acompanhar diversas patologias marcantes, graves e reparadoras, inclusive em cirurgia de separação de gêmeos siameses. O que mais me emociona até hoje é a oportunidade de poder mudar a autoestima de crianças e adolescentes, corrigindo suas deformidades em orelhas, mamas e nariz”.
Patrícia Barroca, oftalmologista
Torre Alfred Nobel, sala 901
“Escolhi a medicina por influência do meu pai, que é pediatra. E pelo total incentivo da minha mãe, que sempre conviveu com a profissão através de seu pai, também médico. Praticamente dei continuidade à rotina que via em casa, com as histórias de tratamento e cura dos pacientes. Hoje, além de ter escolhido a medicina, tenho certeza de que a medicina também me escolheu”.
Oftalmologia
“Durante toda a faculdade de medicina na UFPE, todas as especialidades me encantavam. No ano que me formei, a oftalmologia simplesmente ‘entrou no meu campo de visão’. É uma especialidade não muito extensa na faculdade e tive que aprender praticamente tudo no curso de especialização. Foram três anos intensos e maravilhosos da oftalmologia clínica às cirurgias de catarata, pterígio, transplante de córnea e várias outras”.
Momento marcante
“Me marcaram muito o primeiro exame de refração sozinha e a primeira cirurgia com sucesso. Como escolhi também a oftalmologia cirúrgica, passei por várias situações de traumas oculares, onde se passa de quase perda visual até a recuperação, e por cirurgias após grandes traumas oculares. É muito bom, depois da cirurgia refrativa (para tirar a necessidade dos óculos), ver o paciente sair da sala de cirurgia maravilhado e enxergando sem auxílio”.