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20/10/2025

Profissões do passado e do futuro

A revolução da inteligência artificial (IA) está redefinindo o cenário laboral global, provocando uma mudança profunda nas profissões e competências necessárias. De acordo com estudo da 5ª edição do Futuro do Trabalho 2025, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em colaboração com a Fundação Dom Cabral (FDC), é provável que muitas ocupações sejam extintas até 2030, enquanto novas surgirão, especialmente no campo da tecnologia. O relatório sugere que aproximadamente 39% das habilidades atualmente empregadas no mercado sofrerão alterações ou serão substituídas para atender às novas necessidades.

Para Francis Neto, diretor de operações da Agência Um (Empresarial Charles Darwin, 28º andar), a IA chega para dar tempo dos profissionais serem mais estratégicos. “Assim como as indústrias automatizam processos mecânicos, a IA chega para otimizar o pensamento.

“As novas tecnologias estão avançando numa velocidade muito mais rápida do que outras grandes revoluções que já vivemos, como a Industrial ou a chegada da Internet. Sempre que essas mudanças acontecem, surge o medo de perda de empregos — o que, em parte, acontece — mas, ao mesmo tempo, nascem novas oportunidades. Quem em 2015 imaginava que TikToker seria uma profissão?”, indaga Francis Neto.

Felipe Catão, Diretor de Inovação da empresa de Noxtec (Torres Graham Bell, 11º andar,

e Isaac Newton, 18º andar), trabalha com soluções e softwares na área de saúde. Ele destaca a profissão de engenheiro de prompt, além das outras que estão surgindo para trabalhar a ética e a segurança da IA.

PROFISSÕES EXTINTAS

Segundo o estudo do Fórum Econômico Mundial, as cinco profissões favoritas para não existirem até 2030 são: funcionários de serviços postais; caixas bancários e cargos relacionados; operadores de entrada de dados; caixas e atendentes; e assistentes administrativos e secretárias executivas. Francis destaca que isso não é novidade do mundo atual. Outros cargos já desapareceram sem que a sociedade tenha “percebido”.

“Você conhece alguém que ainda trabalhe como datilógrafo? Operador de telex? Ou locador de vídeo, discador telefônico humano? As profissões acompanham as necessidades da sociedade. Elas não somem de um dia para o outro, mas vão sendo substituídas por formatos mais eficientes. Quem se adapta, continua relevante”, analisa.

“A IA NÃO ROUBA LUGAR DE NINGUÉM”

Se é vista por alguns como “inimiga”, a inteligência artificial também pode ser uma aliada. Francis Neto conta que, na agência de publicidade, consegue ganhar velocidade, clareza e precisão em análise e leitura de dados, geração de insights, automação do faturamento de fornecedores, entre outras atividades. “A IA não rouba o lugar de ninguém. Ela multiplica nosso alcance quando usada com propósito”, defende.

Felipe Catão cita a profissão de redator/copywriter, que está utilizando IA como ferramenta, mantendo originalidade, expertise e triplicando a produção. “Profissões relacionadas à saúde e alimentação continuarão existindo enquanto houver humanos. Nunca serão inteiramente substituídas devido à necessidade de empatia, do toque, ressalta.

“Parafraseando Kai-Fu Lee, especialista em IA, as funções que exigem criatividade e compaixão continuarão sendo lideradas por humanos, com apoio da tecnologia”, afirma Francis.

“A IA ajuda muito o trabalho de um profissional. Ela amplifica com ganho de produtividade, diminuindo custos e fazendo entregas mais rápidas e eficientes”, Felipe Catão

“A IA, para mim, é um esteróide anabolizante tecnológico. Tenho 47 anos e já pesquisei em uma Barsa que, aliás, nem o corretor automático reconhece mais. Hoje, faço pesquisas muito mais complexas em minutos”, Francis Neto.